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Livros que todo homem deveria ler: clássicos da literatura masculina

homem charmoso lendo livros no metrô de NY

O poder dos livros dispensa apresentação. A literatura reserva aquele tempo especial de reflexão, de investigação de ideias e emoções, aumenta nosso conhecimento histórico e linguístico e ensina a viver através da ficção. A literatura masculina é repleta de obras com poder para transformar vidas, e você certamente vai se identificar com algum dos livros desta lista!

Homem escolhendo livro para ler

Escolhendo o seu livro de cabeceira

Ler definitivamente é um dos hobbies masculinos mais produtivos e cativantes. Mesmo com toda a tecnologia que se insinua em todo canto e nos distrai, o gesto de reservar um tempo e abrir um livro para dialogar com homens de outros séculos e lugares do mundo continua sendo uma experiência de formação única, um importante hábito de disciplina e sensibilidade para lidar com a depressão e os desafios que a vida nos faz.

A literatura masculina tem clássicos absolutos que todo homem deveria conhecer para viver melhor e com mais perspicácia. Que tal conferir alguns deles? Continue a leitura!

A Montanha Mágica, Thomas Mann (1924)

O livro que deu luz ao modernismo e ganhou um merecido Nobel de Literatura pode até parecer intimidador com suas mais de 700 páginas, mas acompanhar a jornada de Hans Castorp, um jovem engenheiro até um hospital sanatório no topo de uma montanha onde o tempo passa de maneira diferente é um aprendizado.

O livro faz parte de um gênero muito popular no século passado, o bildungsroman, as histórias de formação, nas quais acompanhamos pouco a pouco o desenvolvimento do protagonista, esse que vai conhecendo escritores, médicos e militares com diferentes perspectivas sobre a vida e os novos tempos em que vivemos.

É uma obra fundamental para se ter na cabeceira e ir lendo aos poucos, é um livro ideal para homens no meio dos seus 20 anos, recém-formados; Mann convida esses jovens a tirar um tempo e escutar a experiência.

Por Quem Os Sinos Dobram, Ernst Hemingway (1940)

Hemingway é uma figura masculina de referência: um homem viajado, apaixonado pela pesca, pelos relatos da vida popular ao redor do mundo, um jornalista de mão cheia e produtivo escritor.

Por Quem os Sinos Dobram é um livro inesquecível sobre a condição humana, e gira em torno do personagem Robert Jordan, um brigadista americano pego em meio à Guerra Civil Espanhola, que se vê na responsabilidade de explodir uma ponte em Segóvia. Jordan se envolve com as guerrilhas e, com grandes observações sobre a guerra, o ímpeto pela vida e a moral, faz seu caminho em uma missão arriscada para defender María, a jovem guerrilheira por quem se apaixona.

A obra é poderosa, com relatos de guerra baseados na própria experiência de Hemingway, ação e profundas reflexões sobre o valor da vida. Seu título é inspirado em um poema do padre John Donne sobre a importância da existência de cada indivíduo. É um livro para recuperar o valor e meditar a brevidade da vida.

Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto (1955)

Morte e Vida Severina é uma das obra mais adaptadas e reproduzidas da literatura brasileira. E não é à toa: o longo poema de João Cabral de Melo Neto é poderoso, com uma cadência impecável, a obra perfeita para introduzir leitores à poesia.

No poema, o retirante Severino narra sua jornada migrando do interior até a capital, buscando por uma vida mais digna. Em seu caminho, Severino encontra a morte face a face em diversos momentos. Com um tom inventivo, seco e pesado, ele sintetiza uma parte apagada da história brasileira: as grandes ondas migratórias do meio do século XX.

Esse livro dá um perspectiva poderosa sobre o que é ser brasileiro e faz pensar muito em nossa condição daqui deste lado dos trópicos.

Alta Fidelidade, Nick Hornby (1995)

Quem é fã de rock precisa conhecer este livro: ele é carregado com o maior número de referências por segundo sobre discos. O clássico de Hornby, que foi adaptado para os cinemas e para a Broadway narra a desilusão amorosa de Rob, abandonado, na crise dos 30 e com uma loja de discos perto da falência.

Depois de ser trocado, Rob começa uma jornada atrás de suas ex-namoradas, só para descobrir que não é muito querido por nenhuma. Com diversas referências à cultura pop e muitos top 5, Alta Fidelidade é uma obra divertida, descompromissada e obrigatória para quem é nerd de música!

Meditações, Marco Aurélio (Século II)

Conhecedor da filosofia estoica, o culto e bem sucedido imperador romano Marco Aurélio é uma das figuras mais interessantes da história.

Seu livro de aforismas, pequenas reflexões breves, compila passagens cheias de sabedoria sobre a brevidade da vida, como também sobre a importância de se relacionar com a natureza, sobre a tolerância e a humildade.

O Rei-Filósofo foi o último elo da Paz Romana, e suas reflexões são um guia para o caminho de se tornar um homem espirituoso como foi seu autor.

O Poderoso Chefão, Mario Puzo (1969)

Falando em homens icônicos, ainda que na ficção, Don Corleone é uma figura para homens de todas as gerações, e a adaptação deste clássico nas mãos de Francis Ford Coppola foi um dos maiores eventos da história do cinema.

Em menos de 2 anos de sua publicação, a obra – que ficou 70 semanas na lista de best sellers – já ganhou sua versão para o cinema.

Vale a pena reencontrar a jornada do clã siciliano na América por uma perspectiva diferente e zerar os detalhes que acabaram passando ao assistir a trilogia.

O Rei Lear, William Shakespeare (1605)

Shakespeare é o pai do teatro, e para além de todos os clichês, sua obra continua inabalável. Conhecer alguma de suas obras é uma experiência que todo homem deveria ter, especialmente entre as peças com tom mais dramático e soturno.

E O Rei Lear é um de seus grandes clássicos; é uma drama sobre a senilidade, a obstinação masculina, o orgulho e a cegueira do rancor e rigidez. Acompanhado de seu bobo da corte, cheio de ótimas tiradas, seguimos a queda de um rei enganado por todos, menos por quem desprezou, por não ser capaz de respeitar.

A obra tem diversos momentos e é um aprendizado para a vida, especialmente sobre se tornar velho, intransigente, teimoso e orgulhoso. É um grande remédio contra a senilidade.

Uma Breve História do Tempo, Stephen Hawking (1988)

O ícone da divulgação científica e figura pop imortal, Stephen Hawking, condensa conceitos físicos de dar nó no cérebro em uma leitura convidativa, divertida, cheia de ótimas sacadas para nos ajudar a entender a complexidade do universo, os caminhos traçados pela física contemporânea e seus desafios para o futuro.

Dê uma empoderada na sua massa cinzenta com essa obra cheia de criatividade: não vai faltar assunto na mesa do bar!

E aí, preparou sua lista de leitura? Tem alguma indicação de livros que mudaram a sua vida? Compartilhe aqui nos comentários e vamos aumentar nossa lista para inspirar cada vez mais pessoas!